Sexo Sagrado
Uma Celebração Espiritual da Unidade no Casamento
Livro escrito por Tim Alan Gardner
A premissa básica deste livro é que o sexo não é apenas um aspecto bom e agradável do relacionamento conjugal, mas é, de fato, um ato santo e sagrado: um ato cujo propósito e objetivo é a unidade e a unicidade, e por meio do qual a natureza plena de Deus e seu relacionamento com Sua igreja são revelados.
- O sexo é um ato sagrado e santo, projetado por Deus para casais.
O sexo é santo. Foi criado por Deus e dado aos Seus filhos para que o acalentem e protejam.
Um presente de Deus. O sexo não é apenas um ato físico, mas uma experiência espiritual projetada por Deus para criar e celebrar a unidade entre marido e mulher. Representa o relacionamento íntimo entre Cristo e a igreja. Dentro do casamento, o sexo deve ser uma forma de adoração que convida à presença de Deus.
Propósito sagrado. O propósito principal do sexo é a unificação, não apenas a procriação ou a recreação. Ele une o casal física, emocional e espiritualmente de uma forma que reflete a imagem de Deus. Essa união sagrada deve ser exclusiva e permanente dentro do casamento.
Honrando o propósito. Os casais podem experimentar toda a beleza e alegria do sexo abordando-o como Deus planejou – como uma celebração sagrada de amor e compromisso. Essa perspectiva transforma o sexo de um ato potencialmente egoísta em uma profunda conexão espiritual.
- A verdadeira satisfação sexual vem da unidade, não apenas do orgasmo
Sempre que fazemos do orgasmo o objetivo do sexo, falharemos em experimentar o sexo divino. Em outras palavras, o “Grande O” do sexo não é o orgasmo; é a unidade.
Além do prazer. Embora o orgasmo faça parte do desígnio de Deus, concentrar-se apenas no prazer físico leva a retornos decrescentes e à insatisfação. A verdadeira satisfação vem da intimidade emocional e espiritual de se tornar “uma só carne” com seu cônjuge.
Foco na unidade. Os casais devem priorizar a conexão, a vulnerabilidade e o atendimento às necessidades um do outro em detrimento da gratificação individual. Isso cria um ciclo positivo em que uma maior unidade leva a um sexo melhor, o que, por sua vez, aprofunda a unidade.
Experiência sagrada. Quando abordado como um ato sagrado, o sexo se torna uma maneira poderosa de adorar a Deus e experimentar Sua presença juntos. Esse aspecto transcendente da intimidade conjugal é o que a diferencia de encontros casuais ou da autogratificação.
3. Aceitar seu cônjuge plenamente é a chave para a liberdade e a intimidade sexual.
Estar nu e completamente sem sentirem vergonha significa estar diante do seu cônjuge e dizer: “Aqui está o meu corpo. Aqui estão as minhas emoções. Aqui estão os meus pensamentos sobre Deus. Aqui está a minha história com todas as minhas esperanças, meus medos, meus sonhos, meus fracassos. Estou aqui nu — física, emocional e espiritualmente. Aqui estão todas as coisas que tentei esconder. Mas, diante de você, sinto-me amado, aceito e querido.”
Superando a vergonha. Muitos casais lutam contra a insegurança e a vergonha em relação aos seus corpos ou desejos sexuais. A aceitação incondicional do seu cônjuge cria uma atmosfera de segurança onde a verdadeira intimidade pode florescer.
Escolher o amor. A aceitação é uma escolha ativa, não apenas um sentimento. Envolve ver seu cônjuge como a provisão perfeita de Deus para você, apreciando-o exatamente como ele é. Essa perspectiva cheia de graça reflete o amor de Deus por nós.
Comunicação aberta. Os casais devem criar um espaço seguro para discutir preferências sexuais, preocupações e limites sem julgamento. Ser vulnerável em relação às necessidades e inseguranças aprofunda a intimidade e permite o crescimento conjunto.
4. Todos os aspectos do casamento afetam a intimidade sexual (metassexo)
Metassexo envolve visualizar seu relacionamento sexual no contexto do resto da sua vida. Sua vida amorosa não é um evento periódico e isolado, separado do seu trabalho, da sua criação de filhos, das suas finanças ou mesmo dos seus sogros.
Abordagem holística. Cada interação e aspecto da vida conjugal influenciam a intimidade sexual. Estresse financeiro, desafios parentais ou conflitos não resolvidos impactam a capacidade do casal de se conectar sexualmente.
Criar expectativa. Criar uma atmosfera de amor, respeito e proximidade emocional ao longo da vida diária leva naturalmente a um maior desejo e realização sexual.
• Priorize momentos de qualidade juntos
• Demonstre afeto e apreço regularmente
• Aborde os conflitos com prontidão e carinho
• Apoie os objetivos e sonhos um do outro
Unidade intencional. Os casais devem adotar uma mentalidade de casal, considerando como as decisões e ações afetam seu relacionamento. Isso promove a unidade e prepara o cenário para uma intimidade apaixonada.
5. Homens e mulheres têm necessidades sexuais diferentes que devem ser compreendidas
Maridos e esposas sabem intuitivamente que o sexo é muito mais do que um simples ato de liberação física. Quando vemos o sexo como um ato sagrado, um lugar santo na presença de Deus, o sexo conjugal assume uma natureza profunda.
Design complementar. Deus criou homens e mulheres com necessidades e respostas sexuais distintas. Compreender e aceitar essas diferenças leva a uma maior satisfação mútua.
• Homens tendem a ser mais estimulados visualmente
• Mulheres frequentemente precisam de conexão emocional para excitação
• Homens podem equiparar sexo a se sentirem amados
• Mulheres podem precisar se sentir amadas para desejar sexo
Servindo um ao outro. Ambos os cônjuges devem aprender a atender às necessidades de seus parceiros, mesmo quando diferentes das suas. Isso requer comunicação, paciência e disposição para crescer.
Superando estereótipos. Embora existam tendências gerais, os casais devem evitar suposições rígidas de gênero. Cada pessoa é única e pode não se encaixar nas normas culturais em torno da sexualidade.
6. Padrões culturais de beleza distorcem o design de Deus para a sexualidade
Beleza não é um conceito absoluto. A aparência que veneramos hoje será vilipendiada em poucos anos, dando lugar a mais um “novo visual”.
Falsos ídolos. A obsessão da nossa cultura pela perfeição física distorce a visão de Deus sobre beleza e sexualidade. Isso leva à insegurança, à comparação e ao foco na aparência externa em vez do caráter.
Perspectiva divina. Deus valoriza a beleza interior – um espírito gentil e tranquilo – acima do adorno exterior. Os casais devem afirmar o valor um do outro com base em qualidades divinas, não em padrões culturais.
Liberdade de comparação. Rejeitar ideais de beleza irrealistas permite que os casais desfrutem e apreciem plenamente o corpo um do outro como a boa criação de Deus. Isso leva a uma maior confiança e intimidade sexual.
7. A cura da fragilidade sexual é possível pela graça de Deus.
Por meio da cruz de Cristo, você e seu cônjuge podem viver em pureza e alegria. Vocês podem experimentar o mistério de estar nus e sem sentirem vergonha. Juntos, vocês podem retornar ao jardim celebrando a verdadeira presença de Deus por meio do dom da unidade.
Poder redentor. Traumas sexuais passados, vícios ou pecados não desqualificam ninguém de experimentar o plano de Deus para a sexualidade. O sacrifício de Cristo oferece cura e restauração completas.
Passos práticos. Superar a fragilidade sexual geralmente requer:
• Aconselhamento cristão profissional
• Parcerias de responsabilidade
• Comunicação aberta com seu cônjuge
• Renovar sua mente com a verdade de Deus
• Estabelecer limites saudáveis
Nova identidade. Abraçar sua identidade em Cristo como perdoado e puro permite um novo começo na intimidade conjugal. A graça de Deus capacita os casais a construir uma vida sexual plena com base em Seu plano.
8. O casamento é uma aliança, não um contrato, selado por meio da união sexual.
Uma aliança é um acordo feito por escolha, um acordo feito por compromisso e um acordo que não depende de forma alguma do que a outra parte fizer para ser cumprido, ambos devem cumpri-lo independente da ação do outro.
Compromisso incondicional. Ao contrário de um contrato com termos condicionais, o casamento é uma aliança — um voto solene diante de Deus de amar e cuidar do cônjuge, independentemente de suas ações ou falhas.
Parceria divina. Deus está ativamente envolvido no estabelecimento e na manutenção da aliança matrimonial. A intimidade sexual serve como o “sinal de juramento” que sela esse acordo sagrado.
Laços renovados. Cada vez que um casal se envolve em intimidade sexual, eles reafirmam seus votos de aliança. Essa perspectiva eleva o sexo de um mero ato físico a um profundo compromisso espiritual.
9. O Éden profanado e redimido
O sexo tem uma natureza semelhante ao fogo, pode servir a criação ou para destruição. A intimidade sexual dentro dos limites de Deus, de um casamento amoroso e comprometido, pode proporcionar imensa alegria e diversão; pode celebrar a intimidade e o amor; pode trazer a bênção de filhos; e pode criar e sustentar a misteriosa, santa e sagrada unidade do casamento. Mas se você a deixar queimar fora dos limites de Deus, torna-se um ato egoísta que pode e destruirá carreiras, casamentos, filhos, reputações e até mesmo a própria vida. Usado bem, o sexo promoverá a intimidade. Usado incorretamente, o sexo causará divisão e levará ao isolamento.
O Paraíso na Terra foi profanado quando Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus. Em essência, o pecado deles foi que, apesar da abundante provisão de Deus para todas as suas necessidades, eles não queriam mais confiar em Deus para fazer o que era melhor para eles. Quando Adão era sem pecado e ainda assim… solitário, Deus não apenas supriu essa necessidade, mas o fez da melhor maneira possível com o presente de Eva. Adão e Eva precisavam sentir que alguém os conhecia profundamente e os amava de qualquer maneira. Essa necessidade foi suprida pela graça de Deus, que lhes concedeu a celebração do sexo sagrado. Então, porém, confrontados com a oportunidade de confiar em si mesmos para o que era melhor, eles a aproveitaram. Falharam em confiar nas palavras de Deus para eles e queriam obter Sua capacidade de discernir o certo do errado, o bem do mal. Não sentiam mais que Deus sabia o que era melhor, e dor e destruição se seguiram.
O desejo de ser amado e necessário por outro
Para o ser humano, a fome de saber que nossa vida importa para outra pessoa é uma necessidade dada por Deus. É tão universal quanto a nossa fome de conhecer a Deus. Afinal, Ele nos criou para termos um relacionamento com Ele e comunhão com os outros. Nosso Pai quer que saibamos que nossas vidas importam para Ele e que Ele providenciou o caminho para satisfazer o anseio de nossas almas por meio de um relacionamento com Seu Filho. Ele também forneceu a resposta para a nossa solidão humana, por meio do casamento e da intimidade sexual para aqueles que se casam, e por meio da comunhão dos cristãos para aqueles que permanecem solteiros. Podemos escolher remover Deus da cena, mas nossa necessidade de amor e intimidade ainda permanece. Sem Deus para nos guiar e suprir esses desejos, confundimos sexo com amor. Ansiamos por ser amados, ansiamos por saber que somos importantes para outra pessoa, e algo nos diz que praticar sexo realizará o que desejamos. Então, tentando encontrar nossa própria solução para o que preencherá esse vazio em nossos corações, praticamos sexo fora dos limites de Deus. E a dor e a destruição se seguem.
Através da cruz de Cristo, você e seu cônjuge podem viver em pureza e alegria. Vocês podem experimentar o mistério de estar nus e sem sentirem vergonha. Juntos, vocês podem retornar ao jardim celebrando a verdadeira presença de Deus através do dom da unidade. Através da esperança da cruz o Éden foi redimido.
10. A Aliança do Casamento
O amor, da perspectiva de Deus, é sempre sobre fazer, não apenas sobre sentir. O amor é sobre compromisso e as escolhas que fazemos. É sobre decidir não ser egoísta. Suas palavras e suas ações no dia em que você se casou declararam diante de Deus que você sempre estimaria aquele(a) com quem você estava comprometendo-se ao guardar essa unidade que Deus estava prestes a criar. O que vocês firmaram no dia do casamento foi uma aliança. E os termos de uma aliança têm muita pouca semelhança com os de um contrato. Entender o que vocês realmente concordaram no dia do casamento e por que Deus quer que vocês vivam de acordo com o compromisso é a única maneira de entrar na Terra Prometida do sexo sagrado.
FUNDAMENTOS PARA UM PACTO
Um acordo é feito por escolha, feito por compromisso e que não depende de forma alguma do que a outra parte fizer. Dentro dos requisitos de um acordo, você não tem a opção de Amar e cuidar do seu cônjuge apenas enquanto ele ou ela o amar e cuidar de você. Não há troca de favores. Gordon Hugenberger, professor de Antigo Testamento no Seminário Teológico Gordon-Conwell, oferece um estudo útil sobre o conceito bíblico de aliança. O sentido predominante da palavra hebraica do Antigo Testamento para aliança é “um relacionamento de obrigação eleito, em oposição ao natural, estabelecido sob sanção divina”. 1 É um relacionamento que você escolhe estabelecer e, ao entrar nesse relacionamento, você assume o compromisso de cumprir os termos da aliança. Ao contrário de um acordo puramente humano, uma aliança é autorizada por Deus, apoiada por Deus e ratificada por Deus.
Como o casamento sempre foi definido por Deus como dois se tornando um, a união sexual entre esposa e marido é o sinal perfeito, intencionado por Deus, de que o casamento foi estabelecido. Proferimos um juramento com nossos votos; selamos esse juramento com nossos corpos. Juntos, nossas palavras e nossas ações formam uma aliança.
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